“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Salmo 51.10).
Em certa ocasião, o rei Davi passou por uma terrível situação e, repreendido pelo profeta Natã, percebeu a gravidade do seu pecado. No entanto, mesmo arrependido, ele precisou pagar caro por sua atitude e, para livrar-se da tentação, clamou ao Altíssimo do fundo de sua alma. Sua queda deve servir de exemplo para nós, pois nos ensina que não devemos dar ao diabo nenhuma brecha.

Aparentemente, nada aconteceria com o rei, mas a Palavra do Senhor diz que o erro sempre encontrará o seu autor (Gênesis 4.10). Portanto, no Grande Dia, as transgressões que não forem descobertas nesta vida não escaparão dos olhos de chama de fogo do Senhor. O bom é que Deus tem sempre um profeta para revelar o pecado à pessoa que caiu, pois, assim, ela pode converter-se. No entanto, aqueles que se fizerem surdos à voz do Santo Espírito e não se arrependerem, após o Juízo, quando tudo será revelado, marcharão para a eternidade perdida, onde, pelos séculos dos séculos, passarão por um sofrimento que em nada se compara a qualquer outro visto na Terra, por pior que tenha sido.
O rei de Israel se arrependeu, confessou seu pecado e pagou caro por seu erro. Quem caiu e não tem coragem de confessar não sabe a tolice que está cometendo, pois, mesmo tendo de arcar com as consequências aqui na Terra, o valor será infinitamente menor do que o que pagará na eternidade. Aquele que teve coragem de errar deve ser igualmente corajoso para confessar sua falha. Ainda que não houvesse o castigo eterno, o fato de ter a consciência sempre martelando acerca da transgressão cometida, por si só, seria motivo suficiente para o homem não pensar em pecar.
Depois de se arrepender, Davi entendeu que, se não clamasse de todo o coração por um recomeço, aquele espírito de tentação nunca o deixaria. Ele gritou com todas as suas forças, pedindo a graça divina de ter um coração novo, puro, respeitador e sensível ao Espírito de Deus – inclusive, há casos em que até jejuns precisam ser feitos.
A triste experiência do amado rei de Israel deve servir de exemplo para todos os que estão “brincando com o fogo”. Quem dá brechas ao inimigo não sabe que está assinando a sua derrota; afinal, se não buscar verdadeiramente o perdão, jamais terá paz, nem nesta vida nem na outra. Anote: pecado antigo não significa, necessariamente, pecado desfeito ou perdoado.
Meu irmão, Deus sempre deseja o bem-estar de Seus filhos. Ele condena o erro para que não venhamos a ser presas nas mãos do inimigo, porque, como verdadeiro Pai, Ele nos quer felizes e livres. Portanto, obedeçamos sempre à voz do Espírito de Deus!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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