“Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e Saduceus.”
Mateus 16:6
Os fariseus eram
“Homens-Exemplos”. Qualquer que fosse o assunto das Escrituras Sagradas, eles
estavam inteirados. Quanto às leis, eles eram os mais obedientes, seguiam tudo
à risca e sempre estavam prontos a corrigir quem as infringisse. Eram também
eles que ofertavam com mais “generosidade” ao templo, e os que transpareciam
ter mais intimidade com Deus. No entanto, Jesus alertou os seus discípulos a
terem cuidado com os ensinamentos daqueles religiosos.
É possível sim, que vivamos as duas coisas concomitantemente; isso se soubermos aplicar a medida certa em cada uma delas. Mas, por fim importa que tenhamos prontidão em jamais deixar que a religião em nós seja maior que o Cristo que vive em nós.
Segundo o dicionário, a religião é um conjunto de práticas e princípios em que
se professa uma devoção, e ser religioso é simplesmente professar uma religião.
Já em relação ao cristianismo, o dicionário deixa claro que se resume em tudo o
que Jesus Cristo ensinou, e ser cristão é ser seguidor de Cristo. Esses
conceitos de fato são fáceis de compreender; o complicado mesmo é o abismo que
existe entre eles dois.
É difícil entender e aceitar como “crentes” que há anos já assumiram ser ‘novas
criaturas’ ainda vivem conformados com pecados que já deviam ter sido
transformados em santidade. Às vezes até parece que ser um perfeito religioso é
suficiente para se obter salvação. Talvez, praticar a religião sem mácula nos
faça enganar a nós mesmos, deixando subentendido que a culpa do pecado é
amenizada. Isto é um conceito que o próprio Diabo formou e tenta inserir no
povo de Deus.
Frequentar todos os cultos da Igreja assiduamente de forma que isso passe a
fazer parte das nossas rotinas, não nos torna verdadeiros adoradores. Ter um
cargo reconhecido na diretoria ou ajudar com eficácia no andamento do culto,
não significa necessariamente que somos cooperadores do Reino de Deus. Entoar
louvores com uma bela voz e empolgar a congregação não nos faz puros levitas...
e é justamente aí onde se encontra a diferença entre ser cristão e ser religioso. Quando se é religioso há uma
preocupação em agradar a si mesmo e aos outros somente; Quando se é cristão há
uma sede (insaciável) de agradar ao coração do Senhor.
Enquanto a religiosidade nos faz cansar, o cristianismo renova as nossas
forças. Enquanto a religiosidade aguça o nosso olhar crítico, o cristianismo
nos induz a olhar com misericórdia.
Enquanto a religiosidade nos aprisiona às regras, aos protocolos, ao
moralismo, às liturgias, às leis ... o cristianismo nos liberta, porque onde
está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. Enquanto a religiosidade cega, o
cristianismo abre os nossos olhos e uma prova disso é que quando Cristo veio ao
mundo os fariseus estavam tão atarefados em manter intactos os seus títulos,
que não conseguiram enxergar que o filho
de Deus estava logo ali, pronto a morrer para que tivéssemos vida eterna.É possível sim, que vivamos as duas coisas concomitantemente; isso se soubermos aplicar a medida certa em cada uma delas. Mas, por fim importa que tenhamos prontidão em jamais deixar que a religião em nós seja maior que o Cristo que vive em nós.
Maria Eunice Cabral
Líder de Intercessão da Juventude
Nenhum comentário:
Postar um comentário